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Uns conhecem o lugar que abriga Dunga, Toco, Freeway, Trapiche, Achado, Sortudo, Gueijo, Dia e Sol junto a outros quase 300 cachorros como o santuário da causa animal. Shana Waechter prefere chamar de lar o sítio na Lomba do Pinheiro onde vive e cuida da sua família, uma matilha repleta de vítimas de maus-tratos e portadores de deficiências.
Ex-moradora de rua, ela teve o amor por animais despertado por um vira-lata que a encontrou sentada em um banco de praça chorando. Na ocasião, lastimava a falta de trabalho e o abandono que a levou a morar na rua e à prostituição. Levou para casa o cusco, e desde então, nunca mais negou colo, comida e chamego para um animal de quatro patas que lhe aparecesse abanando o rabo. Aceitou também alguns de três patas, outros sem olhos, ou sem pelos. Em sua casa, sempre há espaço para mais um peludo sarnento.
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— As pessoas querem adotar filhotes bonitos, ou cachorros de raça. Tem gente que se estapeia na internet para comprar, e gastam fortunas. Esses daqui são jogados na estrada. Tem gente que só larga eles no meu portão, queria ter câmeras para ver quem são — diz.A cachorrada segue Shana por todo lado: dezenas de guaipecas e vira-latas atrás da travesti de 1,80m, buscando comida ou atenção. Tirando um ou outro de conduta agressiva — esses, mantidos no canil —, a maioria fica solta correndo e latindo livres pela propriedade.
No sítio, os animais não ganham tratamento vip: o banho é uma vez por mês e a disputa por comida é acirrada, mas são bem cuidados. Shana trata problemas comuns, como bicheira ou sarna dermodésica. As únicas condições impostas pela cuidadora para aceitar doações é que os animais venham castrados e seus donos deixem comida. As refeições, ela prepara em um panelão, com polenta, fígado e arroz. Serve misturada com um pouco de ração e pão velho. Alimentar os 300 de Shana exige 40kg de alimento por dia. Quando a comida falta, ela aciona a rede de colaboradores para novas doações. Mas não gosta de pedir - prefere quando a ajuda é espontânea.
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Natural de São Luís Gonzaga, Shana passou a infância como Alexandre Oliveira Waechter. Decidiu assumir a identidade feminina mais tarde, quando já morava em Caçapava do Sul. Sofreu abusos quando criança e, até virar cuidadora de animais, teve uma vida difícil. Prostituiu-se, fez shows à noite, pulou de bico em bico. Na companhia dos cachorros, achou força para se manter em pé:
— Me comparo a eles. São os esquecidos da rua, e eu fui esquecida em muitas coisas.
FONTE: zh.clicrbs
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